O que um dependente químico pensa?

O que um dependente químico pensa?

A condição tem causas múltiplas, uma teia que inclui fatores genéticos, sociais e emocionais. Com isso, o tratamento é complexo e demanda, sobretudo, de suporte à saúde mental e mudanças no comportamento da pessoa. O indivíduo precisa, antes de mais nada, compreender que a dependência é um transtorno mental, ocasionado pelo consumo de substâncias psicoativas que alteram o funcionamento do cérebro, fazendo com que ele sinta cada vez mais necessidade de continuar seu consumo. À medida que a dependência química adquire controle, os dependentes químicos perdem capacidade de influenciar os seus pensamentos e comportamentos, vai-se dando a morte espiritual.

SMAD, Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog. (Ed. port.) vol.15 no.2 Ribeirão Preto abr./jun. 2019

A prevenção também evita que o indivíduo tenha diversos tipos de doenças, não trazendo consequências adversas para seu convívio em sociedade. Desde o seu diagnóstico e após o início do seu tratamento o dependente deve ser acompanhado pelos médicos, como é feito no Grupo Recanto. Ambiente familiar conflitivo que é o local onde a pessoa possui relacionamentos difíceis com sua família, cheio de brigas e confusões. Entretanto, o que pode começar com algumas doses, pode acabar por se tornar uma prática repetitiva, frequente e cada vez mais aumentando a quantidade. A Impulsividade que também é uma característica bastante encontrada nos dependente, onde ele toma atitudes sem pensar ou ponderar as consequências. Resumindo, é a soma de todos ou alguns desses aspectos que explicam a dependência química em um ser humano.

Como ajudar um dependente químico?

Para que isto ocorra e para obter o sucesso do tratamento o dependente deve ter todo o cuidado necessário de uma equipe de profissionais de variadas especialidades, assim como o apoio e suporte de seus familiares que são essenciais nesse processo. O dependente químico possui a doença da adicção, ou seja, é dependente de algum tipo de substância, que acarreta prejuízos a sua saúde em variadas áreas de sua vida. Um dos caminhos é a informação, pois muitas pessoas hoje não sabem que a dependência química é uma doença grave e que acarreta diversas consequências para a vida do indivíduo. Existem fatores que podem contribuir para a prevenção do uso de drogas, que incluem os individuais, ambientais, biológicos, sociais e familiares. Aqui no Grupo Recanto o dependente químico, possui um tratamento completo, visando o aspecto biopsicossocial do paciente, pois entendemos que ele deve ser tratado em um aspecto global. A fase de maior cuidado no tratamento é a de desintoxicação, onde o adicto passa pela abstinência em que ele interrompe o consumo de drogas de forma controlada e segura.

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Como o prazer da droga é alto, nem de longe comparado a outros da vida real, o uso crônico causa alterações no cérebro que induzem o dependente a sempre buscar a substância, e o anestesia para outros estímulos. O indivíduo com dependência química pede muito dos outros e de si mesmo. É bastante comum ver frustração e angústia entre os sinais de abstinência uma vez que o viciado está fora da droga e faz todo o possível para recorrer novamente a ela. Se eles soubessem a verdadeira raiz do problema, o dependente químico poderia ser classificado de forma mais rigorosa que reflete o que está acontecendo, a patologia da dependência química. As equipes de profissionais especializadas fazem o acolhimento e tratamento, e são essenciais para uma recuperação eficaz que é feita de acordo com o caso e gravidade do dependente, visando sua melhora e reinserção a sociedade. Caso esses fatores não sejam levados em consideração, se tem o risco de o tratamento indicado não ser eficaz para o dependente químico, fazendo com que a pessoa não caminhe para os resultados esperados de recuperação.

O que um dependente químico pensa?

Quando o dependente químico passa a não ter cuidados consigo mesmo, deixando de tomar banho, comer, escovar os dentes, é sinal de que ele está na fase mais profunda do vício. Horários de comer, dormir, trabalhar são afetados pelo uso de substâncias químicas. Ele não comparece mais a reuniões familiares e torna-se impossível vê-lo.

E alguns comportamentos compulsivos (jogar, comprar…) têm efeitos semelhantes. No Brasil, as drogas mais consumidas, independentemente do público-alvo, são o álcool e o tabaco, ambas liberadas para adultos. Fora a discriminação entre lícitas e ilícitas, elas são classificadas pelos efeitos no sistema nervoso central. Na visão dos experts, a pandemia e seus reflexos agravaram não só os abusos com a comida como outras dependências não químicas.

Compreender os efeitos das drogas no sistema de recompensa do cérebro é fundamental para compreender o processo de dependência. A ansiedade é um transtorno caracterizado por um estado constante de preocupação excessiva e ansiedade. Pessoas que sofrem de ansiedade podem recorrer ao uso de substâncias químicas para aliviar os sintomas, o que pode levar à dependência.

“Ela [a família] está adaptada ainda ao padrão de dependência química e normalmente essa é uma dinâmica que dificulta o processo dele de se manter limpo, pois vem raiva, vem revolta, não reconhecem [o esforço], daí vai pra recaída”, completou. Com isso, a vida dos familiares começa a girar em torno de dependente, causando prejuízos muito parecidos com os quais a pessoa com dependência convive. Assim, as únicas limitações do estudo foram a dificuldade que se teve em voltar ao tópico de discussão, em alguns momentos, quando alguns dos sujeitos iniciavam euforicamente a descrição de um evento vivido contando, em detalhes, os acontecimentos, sendo difícil interrompê-los. Grandes dispersões do tema aconteceram três vezes, sendo necessária a intervenção da pesquisadora para que o guia de temas fosse retomado. Ao começar a enfrentar a nova realidade, com todos os sintomas que ela apresenta, é indispensável contar com um acompanhamento especializado, que preste suporte nos mais diferentes aspectos. Primeiramente, é necessário aceitar apoio terapêutico, que ajudará não apenas a encarar a situação de dependência, como também a superar certos traumas provocados antes e durante a doença.

Um estudo14 quantificou as tentativas de suicídio em um hospital geral e observou que 15% estavam relacionadas ao uso de álcool, 11% ao uso de drogas ilícitas e 27% ao uso de medicamentos psicoativos. Estudos demonstram vários fatores intrínsecos e extrínsecos que podem levar ao início do consumo de drogas, dentre eles, as condições sociais são um forte indicador, pois levam ao ciclo de exclusão social, configurando-se como uma porta de entrada para o uso abusivo de drogas(3). Uma pesquisa realizada pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD) mostra que oito em cada dez usuários regulares de crack são negros e oito em cada dez não chegaram ao Ensino Médio. Somam-se a esses outros indicadores de vulnerabilidade social, como viver em situação de rua, ter passagem pelo sistema prisional, ter baixa renda, entre outros. Já as mulheres têm o mesmo padrão de vulnerabilidade social, com o agravante de histórico de violência sexual. Dessa forma, o uso de drogas se adapta, geralmente, às características de cada contexto(4-6).

O ambiente em que uma pessoa vive também pode desempenhar um papel importante no desenvolvimento da dependência química. Os dependentes químicos enfrentam desafios significativos no controle de seus impulsos e comportamentos prejudiciais. A dependência química pode comprometer a capacidade de resistir às tentações e tomar decisões saudáveis. O desejo intenso pela substância pode fazer com que a pessoa ignore as consequências negativas de seus comportamentos e ignore os conselhos e apoio de pessoas próximas.

Isto é o começo dos “problemas com pessoas” para o dependente químico. Ao longo do tempo, com o uso contínuo da droga, o cérebro se adapta a esses níveis anormais de neurotransmissores. Isso leva à diminuição da quantidade de neurotransmissores produzidos naturalmente pelo cérebro e à redução da sensibilidade dos clínica de recuperação de drogas receptores de neurotransmissores. Para entender melhor como isso acontece, podemos analisar o sistema de recompensa do cérebro. Ele é composto por várias regiões, como o córtex pré-frontal, o núcleo accumbens e o hipocampo, que desempenham um papel importante na regulação do prazer, motivação e aprendizado.


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